Observatórios de ondas gravitacionais poderiam identificar buracos negros primordiais passando pelo sistema solar

Observatórios de ondas gravitacionais poderiam identificar buracos negros primordiais passando pelo sistema solar

Os cientistas acreditam há muito tempo que, logo após o Big Bang, as condições do universo poderiam ter criado buracos negros especiais, chamados “buracos negros primordiais”. Esses buracos negros seriam muito diferentes dos que conhecemos hoje, formados a partir da morte de estrelas. Alguns poderiam ser incrivelmente pequenos, até do tamanho de um átomo.

Até agora, nenhum buraco negro primordial foi observado, mas, se eles existirem, podem ser a chave para explicar uma parte do mistério da “matéria escura”. A matéria escura é um tipo de matéria invisível que não interage com a matéria comum, mas afeta a gravidade no universo, influenciando galáxias e outros corpos celestes.

Recentemente, os cientistas encontraram uma maneira limitada de detectar esses buracos negros primordiais, usando ondas gravitacionais.

As ondas gravitacionais foram descobertas em 2015 pelo observatório LIGO. Elas são como “ondas” no tecido do espaço-tempo, causadas por eventos massivos, como a colisão de buracos negros ou estrelas de nêutrons. Desde então, o LIGO e outros observatórios semelhantes detectaram cerca de 90 fontes dessas ondas.

Agora, um astrofísico de Harvard chamado Avi Loeb sugeriu que esses detectores poderiam, em teoria, captar sinais de buracos negros primordiais viajando a velocidades próximas à da luz.

Loeb explica que, se um objeto muito rápido e massivo passasse perto da Terra, ele geraria um sinal gravitacional detectável. No entanto, os detectores atuais só conseguiriam identificar esses objetos se estivessem muito próximos da Terra e tivessem uma massa semelhante à de um asteroide.

Até agora, nenhum buraco negro primordial foi encontrado dessa forma, mas essa nova possibilidade nos ajuda a investigar o mistério de objetos invisíveis no universo. Futuros detectores, como o projeto LISA, que deve ser lançado na próxima década, podem expandir essa busca, embora com limitações. Mesmo assim, é importante explorar todas as formas possíveis de resolver os grandes mistérios do universo.

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